( Admnistrador e Proprietário do Site )
Nael Cioffi de Moura
Motociclista desde 1967, com muitos quilometros rodados e voados, pois como Piloto Privado formado pela Escola Piper de Aviação em 08/1977- Curitiba PR, com algumas horas de vôo pelo Brasil, tem muitas histórias pra contar e claro, publicando aqui algumas sugestões e dicas para promover sempre a união e a integração dos motociclistas. Se você gosta do Motociclismo terá neste portal a oportunidade de encontrar sempre a próxima viagem ou Encontro ou simplesmente um passeio sobre duas rodas.
UMA DAS PRIMEIRAS AVENTURAS NA TRANSAMAZÔNICA
A BR-230, também conhecida como Rodovia Transamazônica, é uma rodovia federal transversal do Brasil, com extensão implantada de 4.260 km (5 662,60 quilômetros incluindo os trechos não construídos).
Foi criada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974), sendo uma das obras inacabadas devido às suas proporções enormes, realizadas durante o período do governo militar. Ao extremo leste (na região Nordeste, se inicia na cidade de Cabedelo, no estado da Paraíba; enquanto que ao extremo oeste (na região Norte), se inicia na cidade de Lábrea, no estado do Amazonas.Viagem por mim realizada 3 vezes e sem companheiro, pois na época poucos andavam sobre 2 rodas, a primeira vez foi em 1977 depois 1979 e 1981, mas todas valeram muito mesmo. Acho que a melhor forma de fazer novamente, seria em companhia de bons amigos, pois sempre precisamos do companheirismo. Muitas vezes vamos nos deparar com situações que precisamos de uma força, como por ex: pneu furado e não temos como remendá-lo ou a quebra da corrente, ou uma pane na parte elétrica e até mesmo problemas no motor, não podemos deixar a moto na estrada para buscar socorro, então mais alguem junto faz a diferença. Costumava viajar muito em todas minhas férias, feriados e fins de semana, não dava trégua na máquina. Sempre rodando em cima de 2 rodas em qualquer tipo de terreno, afinal nosso Brasil é muito grande e com infinitos destinos pra todos os gostos e vontades, o importante pra mim é mesmo a estrada e amigos que fazemos pelo caminho…
TRANSAMAZÔNICA UMA DAS PRIMEIRAS VIAGENS
Algumas das minhas motos ( Cioffi ) desde 1967 (algumas não tenho as fotos ).
Compartilhando algumas passagens de estrada
Primeira Nos anos 1970 quando a suzuki GT 750 foi lançada no Brasil, Eu tinha e pilotava minha Honda 125cc com 2 cilindros, partida elétrica e também tinha um Dodge Dart 1973 já adaptado para Gás (na época instalei um Kit de empilhadeira) funcionava com um Botijão de gás de 13 lts no Porta-malas e um amigo ( Zico ) que tinha um estacionamento na Marechal Deodoro em Curitiba tinha esta suzuki GT 750 ano 1972, Vamos lá a esta Aventura, Feriado de Carnaval em direção ao litoral de Santa Catarina estavamos de Dart com carretinha para motos e lá estava a GT750 bem amarrada e Imponente. Quando estavamos passando pela Ponte da Vossoroca (quem é das antigas sabe o que é) em direção Curitiba Floripa SC, estavamos entrando na curva para esquerda na subida da serra, e ainda não existiam 2 pistas, enfim Eu Pilotando o Dart com um 2 saídas de escapamentos independentes com um ronco muito forte, fiz a curva muito rápido e a carretinha derrapou um pouco e quase toca no guard rail metálico, então acelerei muito dei um toque para a direita e tudo voltou ao normal, segue : mas em determinado momento meu amigo Zico (dono da GT) pediu pra parar que deu vontade de Pilotar a fera, paramos tiramos da carretinha e pau na máquina, e eu colado na trazeira da Suzuki aos 190 km ou mais. Zico parou no acostamento e pediu para trocar e dirigir o Dart.
OK, fizemos troca coloquei o capacete, peguei minha Jaqueta de couro marron no banco trazeiro e pau na máquina de novo, Zico na minha cola com o Dojão, quando fui ultrapassar uma Kombi na descida ela já estava sendo ultrapassada por um caminhão, então sem tempo para esperar decidi ultrapasar na gaveta que chamamos quando isso acontece é meio que um “S” pra esquerda e rapidamente pra direita. Passei a Kombi que ficou a minha direita e ao mesmo tempo o caminhão a minha esquerda, mas o vácuo da Kombi me puxou e bati forte de ombro direito na parte redonda da trazeira-lateral da Kombi, quando percebi estava já esfregando o ombro esquerdo nos ganchos da carroceria do caminhão quando minha Jaqueta engatou em um desses ganchos arrancando a manga da Jaqueta que o caminhão levou embora, porém os motoristas pararam logo a frente, paramos e fui conversar com eles, o da Kombi ficou puto por eu ter batido e amassou um pouco, bati nas laterais daquela curva da traseira-lateral e ela voltou ao normal o cara admirou-se, se despediu e vazou. O do caminhão só observando, fui até a lateral do caminhão desengatei a manga da Jaqueta vesti no braço esquerdo, nos despedimos e pau na máquina de novo. Chegamos ao primeiro destino Barra Velha era o 1º dia de carnaval imagine o resto da aventura…
Segunda entre outras dezenas de escapadas mortíferas, já mais nos dias atuais. Em 2010 descendo Br 116 sentido São Paulo Curitiba, na altura do Hospital Vita e Posto Jabur acho que era este o nome, lá estava eu e minha Kawsaki Ninja 1100cc ano 1991, tenho até hoje a fera, mesmo com 75 anos de idade ainda piloto essa chucra. Bem, eu estava começando a descer em sentido Rua Fagundes Varela, mas quando se pilota uma dessas dá coçeira pra acelerar então enrolei a manopla pra 160 km bem rapidinho quando senti um grande estálo no câmbio e no motor, não dei conta do que era, mas a 160 o coração acelerou e a moto travou a roda traseira total, segurando no freio dianteiro consegui um equilíbrio bem legal mas a fera derrapou pra direita e depois pra esquerda quase raspando a pedaleira no asfalto e fui assim derrapando bons metros, olhando sempre pelo retrovisor pra perceber a merda toda quando um furgãozinho se colocou no meio da pista atras me protegendo com cuidado. consegui parar com as pernas tremendo pois a roda travada agora bem devagar tive que freiar forte com a dianteira pra não cair porque ela pesa mais de 200 quilos, parei sentei no acostamento acendi um cigarro e me restabeleci. aí fui ver o que tinha acontecido, bem aquela lateral que protege o pinhão sumiu em pedaços o pinhão saiu fora e travou a corrente. menos mal. voltei caminhando pra encontrar o pinhão, olha aqui ali, achei a porca mas nada do pinhão, olhando melhor encontrei o carinha travado junto com a corrente, desenrolei tudo coloquei o pinhão e apertei a porca o que deu pra fazer, sem ferramentas é difícil, fui pra casa bem devagar pra não dar merda de novo. Uma ideia legal furei o eixo quase na ponta coloquei a porca e um contra-pino, funciona até hoje…situação esta que foi a mais aterradora em 55 anos de estrada…
Terceira – Rota Curitiba Fortaleza Br 101. Máquina – Super Ténéré 750, já em 2016. Eu e meu irmão com uma BMW R 1200 GS e sua esposa na garupa. Antes de Teixeira de Freitas na Bahia em uma serra bem sinalizada e perigosa, tô chagando ao topo de uma grande lombada e a marcação no asfalto foi reduzida na minha pista(nunca vi isto) e dava espaço pra quem vinha em sentido contrario e eu ultrapassando uma fila de veículos não percebi que a pista afunilou então passei por cima de varias “tartarugas refletivas” que formavam um triangulo e me obrigavam a ir muito para direita, mas como a pista estava tomada de caminhões não me sobrou espaço a não ser jogar muito rápido pro acostamento a esquerda em sentido contrario, mas quando fiz esta manobra dei de cara com um Onibus em sentido contrário e acelerei para o acostamento a esquerda , escapei porque levava na garupa o meu preocupado anjo da guarda eheh.
Quarta– Quando saí de casa Curitiba Fortaleza, antes é claro fiz uma revisão total porque não gosto e não confio em ninguem para isso, troquei oleo, verifiquei freios, regulei embreagem, lubrifiquei corrente e tudo o mais. Pau na máquina destino Fortaleza. Pra resumir um pouco digo que pela Br101 é muito melhor. Vamos lá. Chegando perto de Feira de Santana na Bahia e considerando o Baita calor no asfalto a mais de 40 gráus na metade do dia e esticando aquela maquina no que dava, ela começou a perder velocidade como se estivesse com o freio meio que acionado, achei estranho porque uma moto assim pesada e perfeita é difícil acontecer. Fui encostando debaixo daquele sol de 40 graus ou mais e achei que o motor esquentou muito, esta moto venceu o Paris Dakar muitas vezes é muito forte. quando estava quase parando escutei enfim aquele tec tec no motor, desliguei a chave imediatamente pra não piorar. examinei tudo e percebi uma gota de óleo pendurada no tambor porque ele afrouxou e deixou cair gotas até secar que a cada tantos quilometros rodados ela perdeu algumas gotas de óleo portanto já havia rodado mais de 2000 kms , então bateu um mancal de uma biela, fim do caminho. Meu irmão me rebocou com a BMW com uma corda que eu tinha na bagagem, rodamos uns 20 km voltando até um motel em frente a um posto gigantesco, dormimos ali, pela manhã comprei oleo coloquei e o barulho parou, pensei ,dá pra continuar, tomamos um bom café da manhã e as 7:30 pegamos estrada quendo percebi novamente o tec tec depois de uns 5 kms. parei num posto e Acabou mesmo. Mas Tenho um irmão que mora em Maceió, bati um telefone e expliquei a situação, Ele pegou Uma Triton e foi me buscar uns 500 Kms mais ou menos. Subimos a Chucra na Picape e Pau na Triton para Maceió o outro mano e esposa de Bmw, rodamos quase noite toda.